Origem – Nos primórdios, o município era um posto de criação de gado e vigilância estabelecida pelos jesuítas dos sete povos das missões. Lugar de descanso dos tropeiros e carreteiros que seguiam rumo a São Paulo. A colonização de início foi de lusos e, posteriormente, de italianos, alemães e outros. Emancipou-se pela vontade popular.
Criação da vila – Até 1938 as sedes, os distritos foram denominados povoados e Santa Bárbara do Sul, que constituía um pequeno povoado, pertenceu ao Quarto distrito de cruz Alta. Neste ano o decreto federal abaixo referido estabeleceu que as sedes dos municípios passassem a denominar-se “cidades” e as sedes dos distritos passassem a “vilas”.
Santa Bárbara do Sul foi elevada a categoria de Vila pelo Decreto Federal nº 7.199, de 31 de março de 1938, que beneficiou todas as sedes dos municípios brasileiros que passaram a categoria de cidades pela sua maior importância, enquanto as sedes distritais receberam denominação de vilas por serem centros de urbanização incipiente.
Os itens apresentados numa Assembléia Legislativa foram de 12.000 (doze mil) habitantes.
A autorização da Assembléia Legislativa fez com que os líderes emancipacionistas realizassem o plebiscito no dia 30 de novembro de 1958. Através deste plebiscito, a maioria da população optou pela emancipação.

Desta forma, Santa Bárbara do Sul adquiriu autonomia político-administrativa. Porém, ainda por alguns anos permaneceu ligada a Cruz Alta, devido a serviços que somente lá eram prestados, tais como: Fórum, Exatoria, Cartório, etc ... o que somente mais tarde passou a funcionar na cidade emancipada.

A produção do Município foi e é tradicionalmente de origem agropecuária. Nesta terra predomina a lavoura de trigo e soja, criação de bovinos, ovinos e suínos.
Devido as vastas áreas de terras e excelentes pastagens, os animais ganhavam peso e eram comercializados saindo da localidade em grandes tropas para os saladeiros em Pelotas.
Santa Bárbara também se desenvolveu muito com a chegada de famílias de imigração italiana vindas da região de Caxias do Sul, no período de 1950.

Origem do Nome

O aparecimento do nome de Santa Bárbara do Sul, nesta região deve ainda ser objetivo de pesquisa. Quando teria surgido? Sugerido por quem ? O mais plausível e que tenha sido inspirado pelas famosas missões Jesuíticas, organização da Fé Católica-Romana que enriqueceu a toponomia riograndense com mais de quinhentas denominações geográficas, além dos conhecimentos Sete Povos que tiveram como antecessores dezenas de Reduções (lugar onde reuniam os índios catequizados) surgidos a partir de 1632 e logo destruída pelos bandeirantes, existiram também numerosas estâncias de gado.

Os Sete Povos começaram a ser fundados a partir de 1632, aparecendo em primeiro lugar em São Paulo e por último em Santo Ângelo, em 1707. A economia destes povos estava baseada na extração da erva mate e criação de gado.
Assim, a maior parte do estado foi dividida em Estâncias, que eram separadas por rios, serras e outros obstáculos naturais. Por sua vez as Estâncias se desdobravam em pastos para melhor atendimento do gado. Estas estâncias invariavelmente recebiam o nome de Santos. Acredita-se que Santa Bárbara, fosse denominação de estância ou pasto com assento nestas coxilhas, não muito longe desta cidade.

A área de distância em questão poderia ter sido a circunstância pelos rios Jacuí Mirim, Palmeira, Lagoão e parte Pinheirinho, zona campestre, onde impera a devoção à Virgem e Mártir, desde remotos tempos.O enorme rincão que tem como extremo a coxilha do Quincas onde nascem as águas do Jacuí e do Palmeira conservou gloriosamente o nome, para transmiti-lo mais tarde ao distrito, depois à estação ferroviária e, desta, ao povoado, à vila e finalmente ao município.

Dados Históricos

1871 - Inicio da colonização;
1897 – A Construção de trilhos da viação férrea alcançou a localidade. Na oportunidade, a estação recebeu a designação oficial de “ SANTA BÁRBARA”;
1910 – Conclusão da etapa final da via férrea e inauguração no novo prédio da estação ferroviária com o objetivo de melhor atender os passageiros e possibilitar o armazenamento de mercadorias;
1938 – Santa Bárbara do Sul, que constituía um pequeno povoado, permaneceu ao quarto distrito de Cruz Alta. Foi elevada a categoria de vila pelo decreto federal nº 7119, de 31 de março de 1938;
1950 – Chegada de famílias de imigração italiana, que colaboravam para o progresso de Santa Bárbara do Sul;
1958 – Realização do plebiscito onde a maioria dos moradores optou pela emancipação;
1959 – Santa Bárbara do Sul adquiriu autonomia municipal no dia 31 de janeiro, perante a Lei nº 3.703 de 1959;
1959 – Instalação do município em 07 de janeiro de 1959, sendo eleito o primeiro prefeito, Zósimo Ribas.

Primeiros Moradores

Segundo conta nossa história, o primeiro morador do município foi:
• BARÃO SILVA MACHADO

Seguido de outro morador muito antigo do município foi:

• ALFERES ATANAGILDO PINTO MARTINS

Os nomes que o município já teve foram:

• Povinho dos cachorros – Esta alcunha deprimente era dada pelos moradores desta localidade (então povoado Santa Bárbara do Sul), há um agrupamento de casas modestas que existiam à margens da estrada que nos ligava com o povoado de Figueiras, mais ou menos a mil metros do trevo da BR 285. Ainda estão de pé algumas árvores assinalando o local, hoje tapera.

• Coxilha do Fogo – Se a denominação acima existiu, embora atribuída a outro lugar, esta não encerra o menor fundamento. Quem usava tal apelido era o nosso conterrâneo RAMOS FILHO, que transferiu residência para Palmeira por 1943. Aqui e naquela cidade dedicou-se ao ramo hoteleiro. Quando era visitado por amigos da antiga querência invariavelmente perguntava com larga risada: “Como vai a Coxilha do Fogo?” Não se sabe mais alguém que usasse esse termo.

• Amambará – Em 1944, por Decreto do Governador eram mudados os primeiros nomes de cidades e vilas, quando fossem iguais as outras mais antigas existentes no País. Neste casso situa-se a vila de Santa Bárbara do Sul, por existir harmonia demais cidades. Foi formada uma comissão em Porto Alegre para estudar novos nomes com os quais seriam batizados dezenas de localidades gaúchas. Como colaboração um estudioso dos idiomas Tupi e Guarani, Sr. Hilgenf sugeriu denominações substantivas de vocábulos dos primitivos povoados. Assim surgiu Amambará, que significa Senhora do trovão com alusão a Santa Bárbara do Sul, a santa protetora de seus devotos contra intempéries. Em nosso caso, porém, a sugestão não foi aceita porque o nome encontrado foi Blau Nunes, Amambará não passou de sugestão não aceita.

• Encruzilhada – Conforme a palavra do Historiador general Raul Silveira de Mello, o primitivo nome desta localidade foi Encruzilhada. Esta informação foi confirmada por pessoas idosas que alcançaram aquela época, o assunto estava melhor desenvolvido em “o nome de Santa Bárbara” .

• Santa Bárbara – O nome de Santa Bárbara do Sul chegou em 1897, quando ao trilhos da antiga viação férrea alcançaram esta localidade vinda de Santa Bárbara com destino a Marcelino Ramos. Pode-se imaginar o sucesso do então moderno meio de transporte e o impacto que teria causado em toda a população da imensa região. O local onde paravam os trens a estação Santa Bárbara monopolizava a atenção de todos, pois ali chegavam e dali partiam. O nome da padroeira passou ao povoado sem qualquer ato administrativo que se conheça no fim do século.

• Blau Nunes – O Decreto Lei nº 270 de 1944, adotou o nome de Blau Nunes para a vila Santa Bárbara. Entretanto, por Decreto Lei nº 39 de 04 de dezembro de 1948, a localidade retoma o nome anterior por coincidir no dia consagrado a Padroeira. Santa Bárbara, agora do Sul, ressurge para diferenciar, conforme o Decreto, de outro homonismo com mais antiguidade.

Emancipação do Município

Quando a 31 de janeiro de 1959 foi constituído o município de Santa Bárbara do Sul. O histórico Plebiscito realizado nas Zonas emancipadas em 30 de novembro de 1958 foi decisivo para a criação de uma nova comunidade.

Foi determinada pela Assembléia Legislativa do Estado, cuja presidência cabia ao Deputado Dr. Adalmiro Moura.

O ato seguinte, isto é a criação do Município, foi assinado pelo Dr. Ildo Meneguetti, Governador do Estado do Rio Grande do Sul, dois meses depois. Os Atos referidos foram precedidos de árduas e entusiásticas campanhas levadas a efeito pela Comissão Emancipacionista, composta por cidadãos pertencentes ao Distrito Sede. O movimento teve início em abril de 1957 com a primeira reunião popular realizada dia 22, no prédio do cinema popular encontrada a Rua Alberto Pasqualini. Ali ficou constituída a comissão Provisória, presidida pelo Sr. Ildefonso Gomes Moreira, a qual daria os primeiros passos em prol da nossa autonomia administrativa. Posteriormente foi instalada a comissão efetiva credenciada na Assembléia Legislativa construída pelos seguintes:

• Lauro Prestes - (Presidente)
• Zósimo Ribas - (1º vice-Presidente)
• Albergahi Vieira - (2º vice –Presidente )
• Olmiro Faccioni - (3º vice-Presidente )
• Antonio Loures Albuquerque - (1º Secretário)
• Lotário Loeblein - (2º Secretário)
• Ernesto Loureiro - (3º Secretário)
• Mario Hoff - (1º tesoureiro )
• Aroldo Willi Stolz – (2º dito )
• Alcides Burtet - (3º dito)

Faziam parte como presidente de honra e presidente de comissão:

Ildefonso Moreira e Guilherme Stolz.

Primeira Administração

A primeira chefia da Câmara de vereadores foi empossada em 07 de junho de 1959, assim como também o primeiro prefeito.

A Câmara era formada pelos seguintes componentes:

Eulino Samuel da Rosa
Darci Lirio Pinto
Aroldo Wili Stolz
Vitorio Caetano Pasqualoto
Evaldo Herter
Antonio Loures Albuquerque
Willi Newand

O primeiro Prefeito foi o Sr. Zósimo Ribas , eleito por 4 anos, enquanto a Câmara foi substituível ficando assim constituída:
Presidente:
Darci Plentz (3 anos)
Lauro Prestes Filho
Edivio Rosa
Vitório Pasqualoto
Evaldo Herter
Aroldo Wili Stolz

Patrimônio Cultural – Após o tratado de Madri, as Missões dos Sete Povos foram abandonadas, ficando por aqui o gado solto no campo e uma capela com a imagem de Santa Bárbara. Esta imagem foi encontrada por uma família e passada de geração em geração. Hoje, este patrimônio cultural se encontra em posse do Senhor Lauro Prestes Filho. Santa Bárbara se fez através de estrada principal criada por tropeiros, carroceiros e comerciantes que aqui passavam. Esta mesma estrada propiciou o desenvolvimento para Santa Bárbara do Sul, e demais municípios, pois foi muito usada para escoamento de produções. Com a instalação da estrada de ferro, o comércio se expandiu, surgiram pequenas indústrias para monopolizar o cruzamento das regiões vizinhas.

Fonte:Prefeitura Municipal de Santa Bárbara do Sul